domingo, 2 de janeiro de 2011

Sobre um novo modelo de educação para o País.

por: Andrezza Almeida.











atual conjuntura da educação no país nos permite algumas
análises a cerca da necessidade de uma série de  mudança , que nos possibilite alcançar os avanços necessários para uma educação que dê conta, de fato, das demandas sociais existentes .


 Tem havido, por parte do governo federal, um grande investimento em educação . o que sempre foi uma pauta da esquerda e dos movimentos sociais, sabemos que antes de deixarem o governo os tucanos sucatearam o modelo de educação média no sistema público de ensino e injetaram novos recursos no setor privado.



 Em paralelo á isso os movimentos sociais passaram a ter reivindicações mais efetivas no que diz respeito ao acesso e permanência de pessoas oriundas das classes e grupos sociais em situação de vulnerabilidade social e com os quais o estado tem
débitos histórico.



 A organização dos movimentos sociais , mais particularmente o movimento negro, resultou na necessidade de que o debate sobre quem, entra na universidade e pra quem é a universidade pública se acirrou e o resultado disso foi a vitória dos movimentos pró-cotas.



 Essa primeira vitória no entanto não resolve o grande problema do qual este faz parte, que é : Para quem é a Universidade pública?  um acirramento deste debate e uma ação mais incisiva dos movimentos sociais pode conduzir-nos ao entendimento de que a
universidade pública , necessariamente, deve ser para quem não pode
pagar por ela.



 Com essa lógica ficamos com dois outros problemas.  uma vez interiorizado o entendimento de que a universidade pública deve estar a serviço da maior parte da população- que não pode pagar por ensino- resta encontrar :



 a) Maneiras de melhora no ensino médio para abrir a alternativa de
passar no vestibular para os estudantes de escola pública



 b)Processos Seletivos com ênfase em origem e realidade social de
cada inscrito



 c) Políticas de permanência, voltadas para a inserção no mercado
de trabalho específico da profissão, com investimento em estágios e
caminhando para uma adequação do modelo de ações afirmativas para
uma universidade voltada para atender a população.




 A situação na qual nos encontramos é favorável, estamos diante de uma volumosa quantia, há tempos esperada, que será destinada para educação e mais do que isso diante da possibilidade de uma reflexão ativa e transformadora sobre o atual modelo educacional no Brasil.
 Construir um novo projeto de universidade no qual possamos inserir as pautas históricas do movimento estudantil e mais os sonhos pedagógicos de comprometidos educadores é tudo que quem se preocupa com educação sempre sonhou.



 Evidente que em face dessa possibilidade levantaram-se duas
frentes.



 I- Antes que piscássemos os olhos chegaram os tecnicistas, estes
muito preocupados com as adaptações tecnológicas , com a produção de
mão-de-obra qualificada para novas tecnologias e com a criação de
novos campos de trabalho que viabilizem esta criação de novas áreas
do conhecimento voltadas para o futuro, ou seja , para estes, a
tecnologia e o mundo "globalizado."



 Contemplados com estas políticas estão as escolas com vertentes mais técnicas , como não poderia deixar de ser. e aqueles que acreditam que é preciso criar um novo mundo voltado para o avanço econômico através de modelos de inserção no grande capital que
perpasse por dar conta de atender as demandas tecnológicas mundiais.



 II- Do outro lado,  encontram-se os Humanistas, estes tem como
principio de educação que ela esteja voltada para uma melhora do ser
humano e para seu posicionamento crítico dele diante do mundo e de
sua profissão , com uma formação voltada para as demandas da
realidade que não sejam somente relacionadas ao exercício da própria
profissão , mas também da cidadania e da construção de uma sociedade
mais justa e igualitária com capacidade de dar conta da diversidade
de fatores que existem.



 Defendem mais apaixonadamente esta vertente escolas mais comprometidas com o avanço não apenas técnico mais intelectual das áreas do conhecimento e aquelas escolas que formam profissionais que se relacionam mais com as espécies humanas do que com as espécies mecânicas.




 O que urge tornar-se fato é uma avaliação criteriosa dessas duas correntes e em frente a essa possibilidade de alteração do modelo educacional dar conta dos avanços necessários para ambas as vertentes, criar um projeto de universidade pública voltada para a cidadania e com capacidade de estar de acordo com os avanços técnico-
científicos .


Os investimentos para um novo equipamento para o ensino público foram feitos, agora necessitamos de uma reformulação filosófica do modelo nacional de ensino.

Penso que esse modelo de ensino que buscamos deve ater-se particularmente aos moldes da alfabetização, e isso já foi dito por todos os grandes mestres da pedagogia.

A essência do processo de aprendizado e conseqüentemente da evolução gradual da capacidade cognitiva, passa por um prazer de aprender, a grande reflexão filosófica sobre educação, sempre me pareceu ser de que é preciso fazer as pessoas terem prazer em aprender, que lhes chegue até as mãos a possibilidade de ser agentes na sua própria história , existe muito determinismo na forma como a educação é distribuída , entre a escola pública e a escola privada, ou aquela para quem pode pagar, é abismal e absolutamente injusta.

O sentido do projeto que tem que ser pensado para educação neste país deve levar em consideração as particularidades das regiões geográficas, dos costumes e fazer com que a educação seja uma coisa almejada e cobrada, lutar por educação é lutar por liberdade.

é lutar pelos menores abandonados, pelas meninas prostituídas, pelos drogados, por todas as pessoas que não conseguiram alcançar os direitos a cidadania e dignidade, é preciso dar conta dos índices da exclusão nesse país.  Investir em educação é a única forma de fazer isso.

E o que parece urgente?

Um modelo de reestruturação pedagógico pra FEBEM, por exemplo  um modelo que dê conta da formação das personalidades para a sensibilização do ser humano ao conhecimento. para a capacidade de ser sensível.

por que a realidade dessas pessoas é duríssima, gera níveis de insensibilização tão agudos que pouco importam as sintaxes de exceção, ou as funções logarítmicas.

E o mais incrível, ou o mais formidável (consulte) é que é perceptível para qualquer pessoa que se preocupe com os rumos da educação e conseqüentemente com a mudança dos padrões sociais , que o problema desse país é de falta de educação.

Eu acredito que é preciso dar português em poesia, matemática em música, um modelo de educação não voltado para as metas , mas para as metáforas.

imagine ... criar pessoas capazes de entender as nuanças subliminares , as formas sutis e as múltiplas possibilidades.

Falta pedagogia, mas não aquela pedagogia de boletins , aquela de experiências, de descobertas , que quer extrair algo de onde parecia impossível que qualquer coisa fosse semeada.

falta Paixão neste mundo, falta uma vontade de que as coisas sejam melhores que mova corações e mentes! há um constante processo de insensibilização que coloca para escanteio questões como fome ou caderno e prefere fazer negócios com coisas grandes.

O Poder sem Paixão, se amarga, perde o viço, definha e envelhece...é preciso essa paixão, é preciso esse sentimento de você para com o mundo de que as coisas vão poder ser transformadas de que é possível um modelo de sociedade mais justo , por que é!


Mas a batalha é dura, por que é uma luta contra a ordem, contra as estruturas tudo aquilo que foi consolidado por cima do acúmulo dos fatos históricos.

então é um processo de destruição da paz alheia, a paz é resultado da guerra, por que é pela nossa paz que estabelecemos o conflito, a paz dos que acreditam na mudança do mundo , que acreditam na transformação e mais do que isso que tentam tomar  parte dela.

que sentem pulsar em si a essência de um ser humano, que desejam ardorosamente que as coisas aconteçam e que elas sejam boas. mas há muita maldade neste mundo, há muita gente capaz das maiores tiranias por conta do modelo insensível no qual estamos inseridos.


É preciso um modelo de educação que leve em consideração o papel da arte na formação das pessoas, que toque em possibilidades de sentimentos e composições que estimule o ser humano a criatividade por que se tem algo que não tem tamanho é criatividade, ela transcende perpassa , domina , elabora, executa e mais do que tudo surpreende e sempre surpreenderá, por que o que há de mais fantástico é fazer alguma coisa que nunca existiu.

Quer combater a pobreza a violência e a miserabilidade, amplia e reestrutura o modelo educacional, ai sim tudo vai ser diferente.

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A Autora.

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Andrezza Almeida