sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Um novo modelo de educação.

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A crise do Modelo Educacional

A atual conjuntura da educação no país nos permite algumas análises a cerca da necessidade de mudança nos formatos da educação pública que nos possibilite alcançar os avanços necessários para uma educação que dê conta, de fato, das demandas sociais existentes . 

Tem havido, por parte do governo federal, um grande investimento em educação o que sempre foi uma pauta da esquerda e dos movimentos sociais, sabemos que antes de deixarem o governo os Tucanos sucatearam o modelo de educação média no sistema público de ensino e injetaram novos recursos no setor privado. Em paralelo á isso os movimentos sociais passaram a ter reivindicações mais efetivas no que diz respeito ao acesso e permanência de pessoas oriundas das classes e grupos sociais em situação de vulnerabilidade social e com os quais o estado tem débitos histórico. 
A organização dos movimentos sociais , mais particularmente o movimento negro, resultou na necessidade de que o debate sobre quem, entra na universidade e pra quem é a universidade pública se acirrou e o resultado disso foi a vitória dos movimentos pró-cotas. Essa primeira vitória no entanto não resolve o grande problema do qual este faz parte, que é : Para quem é a Universidade pública? 
Um acirramento deste debate e uma ação mais incisiva dos movimentos sociais pode conduzir-nos ao entendimento de que a universidade pública , necessariamente, deve ser para quem não pode pagar por ela. Com essa lógica ficamos com dois outros problemas. uma vez interiorizado o entendimento de que a universidade pública deve estar a serviço da maior parte da população- que não pode pagar por ensino- resta encontrar : 

a) Maneiras de melhora no ensino médio para abrir a alternativa de passar no vestibular para os estudantes de escola pública 

b)Processos Seletivos com ênfase em origem e realidade social de cada inscrito 

c) Políticas de permanência, voltadas para a inserção no mercado de trabalho específico da profissão, com investimento em estágios e caminhando para uma adequação do modelo de ações afirmativas para uma universidade voltada para atender a população. A situação na qual nos encontramos é favorável, estamos diante de uma volumosa quantia, há tempos esperada, que será destinada para educação e mais do que isso diante da possibilidade de uma reflexão ativa e transformadora sobre o atual modelo educacional no Brasil. 

Construir um novo projeto de universidade no qual possamos inserir as pautas históricas do movimento estudantil e mais os sonhos pedagógicos de comprometidos educadores é tudo que quem se preocupa com educação sempre sonhou. Evidente que em face dessa possibilidade levantaram-se duas frentes.

 I- Antes que piscássemos os olhos chegaram os tecnicistas, estes muito preocupados com as adaptações tecnológicas , com a produção de mão-de-obra qualificada para novas tecnologias e com a criação de novos campos de trabalho que viabilizem esta criação de novas áreas do conhecimento voltadas para o futuro, ou seja , para estes, a tecnologia e o mundo “globalizado.” Contemplados com estas políticas estão as escolas com vertentes mais técnicas , como não poderia deixar de ser. e aqueles que acreditam que é preciso criar um novo mundo voltado para o avanço econômico através de modelos de inserção no grande capital que perpasse por dar conta de atender as demandas tecnológicas mundiais. 

II- Do outro lado,  encontram-se os Humanistas, estes tem como principio de educação que ela esteja voltada para uma melhora do ser humano e para seu posicionamento crítico dele diante do mundo e de sua profissão , com uma formação voltada para as demandas da realidade que não sejam somente relacionadas ao exercício da própria profissão , mas também da cidadania e da construção de uma sociedade mais justa e igualitária com capacidade de dar conta da diversidade de fatores que existem. Defendem mais apaixonadamente esta vertente escolas mais comprometidas com o avanço não apenas técnico mais intelectual das áreas do conhecimento e aquelas escolas que formam profissionais que se relacionam mais com as espécies humanas do que com as espécies mecânicas. 

O que urge tornar-se fato é uma avaliação criteriosa dessas duas correntes e em frente a essa possibilidade de alteração do modelo educacional dar conta dos avanços necessários para ambas as vertentes, criar um projeto de universidade pública voltada para a cidadania e com capacidade de estar de acordo com os avanços técnico- científicos . 
O problema , que transcende os portões da universidade e que mesmo assim está diretamente ligados à ela é a necessidade de uma ação efetiva do Estado em relação as escolas públicas de ensino médio e fundamental, precisamos , enquanto estudantes e demais militantes relacionados a educação iniciar o nosso pensamento no sentido de produzir não apenas um projeto de universidade , mas um projeto de educação pra este país e quanto antes começarmos a juntar mentes e nos debruçarmos sobre a construção desse modelo, mais consciente e contemporâneo, de educação, mais cedo estaremos conseguindo fazer com que as mudanças ocorram e os resultados favoráveis surjam.

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A Autora.

A Autora.
Andrezza Almeida